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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Artigo: A Evolução dos FPS







Títulos com perspectiva em primeira pessoa existem desde os primeiros anos da indústria de jogos, no início da década de 70. Naquela época, a premissa para a utilização desta mecânica era simples: se os games colocavam o jogador na pele de heróis, por que não dar a ele exatamente a mesma visão de, por exemplo, um piloto de avião?

É esse o objetivo de títulos como os arcades Jet Rocket, de 1970, ou Battlezone, lançado em 1980. Havia também conceitos que chamavam a atenção pela inovação, como Killer Shark, no qual o jogador utilizava uma arma física para lançar arpões em tubarões. Nos sistemas caseiros, porém, os jogos de tiro normalmente se resumiam a games em que uma mira simples era controlada pelo joystick.

Em 1992, pelas mãos da desenvolvedora id Software, é lançado Wolfenstein 3D, título que não apenas dava origem a um novo gênero, como também firmaria bases que estão presentes até hoje na maioria dos games do gênero. No comando de um soldado preso pelos nazistas, a missão do jogador é se armar até os dentes e escapar à bala do castelo que dá nome ao game.

O lançamento chacoalhou as estruturas da indústria e trouxe um sopro de criatividade a um mercado inundado por títulos de plataforma ou esportivos. A jogabilidade ágil e a violência extrema do game agradaram principalmente aos adultos e à crítica especializada. Em 1993, a id Software esteve presente em inúmeras cerimônias de “Game do Ano”.

Até a metade dos anos 90, os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa se viam obrigados a possuir um PC. Eram pouquíssimos os games do gênero que saiam para consoles, e mesmo estes normalmente eram ports muito ruins de games já existentes para computador ou títulos inéditos de baixa qualidade. James Bond, porém, chegaria para mudar esse jogo.

GoldenEye 007, lançado em 1997 e baseado no filme de mesmo nome, provaria que os video games caseiros também poderiam ser um terreno fértil para o gênero. Com uma campanha que seguia com fidelidade a trama do filme e um modo multiplayer local extremamente criativo, o game abriu um precedente interessante nas plataformas caseiras.

Enquanto os donos de consoles aprendiam o que era, finalmente, ter jogos de tiro em primeira pessoa, os usuários de PC já estavam dando um passo à frente. Com Quake, a id Software decidiu inovar mais uma vez e invadiu o terreno da jogatina online, criando tiroteios infindáveis entre jogadores espalhados ao redor do mundo.

O conceito seria expandido nas sequências e chegaria também a outros games, como Unreal Tournament, um verdadeiro marco na jogabilidade competitiva. Mais tarde, Halo traria a jogabilidade cooperativa à mesa e firmaria para sempre os consoles como um competidor à altura dos computadores.

 Aos poucos, porém, os fãs do gênero passaram a sentir falta de tramas elaboradas e games realmente envolventes. Para mostrar que os jogos de tiro não precisam se concentrar apenas nos disparos, a Valve lançou Half-Life, título que contava com uma série de eventos pré-programados para contar a história. Em diversos momentos, o protagonista se encontrava com personagens para desenvolver a trama, sem que a perspectiva em primeira pessoa fosse abandonada.

Fonte: TecMundo



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